Jogou no Flamengo, disputou Copa do Mundo e virou alvo do crime organizado

Virar jogador profissional, crescer na carreira e devolver parte do sucesso a comunidade. Nomes como Sadio Mané, que construiu um hospital em sua vila no Senegal, ou George Weah, atual presidente da Libéria, são exemplos de atletas cuja influência e fortuna é usada para tentar modificar a vida daqueles que não tiveram as mesmas condições de alcançar o sucesso. 

No Flamengo, Arturo Vidal financia o projeto do Rodelindo Roman Fútbol Club, pequeno time chileno que o formou e saiu do amadorismo para a terceira divisão com sua ajuda financeira. Já aposentado, Diego Ribas era conhecido no Ninho do Urubu pela sua participação em diversos projetos sociais espalhados pelo Rio de Janeiro.

Menos famoso dos jogadores citados, Frickson Erazo teve uma passagem ruim pela Gávea entre 2014 e 2015. Sem deixar saudades, o zagueiro ainda vestiu as camisas Grêmio, Atlético-MG, Vasco da Gama e, aos 33 anos e assolado por lesões, largou a carreira vestindo a camisa do 9 de Octubre. Diferentemente de outros colegas, ele optou por seguir um caminho diferente e entrou de cabeça na política. 

Seu objetivo era simples: governar a cidade equatoriana de Esmeraldas. Conhecida pela zona portuária, a localidade também famosa pela violência descontrolada. Prometendo acabar com a corrupção, ‘El Elegante’ sofreu dois atentados durante sua campanha. Primeiro atiraram contra sua casa e depois tentaram explodir seu carro com uma bomba. No mês passado, Erazo foi eleito prefeito e prometeu entregar prosperidade a região. 

De volta a realidade

Na próxima terça-feira (28), o Flamengo decide seu futuro na Recopa Sul-americana. Após perder para o Independiente del Valle por 1 a 0, em Quito, o Flamengo precisa reverter o resultado e ganhar ao por dois gols de vantagem para evitar os pênaltis. Em caso de uma nova derrota, a situação de Vitor Pereira pode ficar insustentável nos bastidores.