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Ex-dirigente do Flamengo diz que clube poderia ter jogado a Série B

Ele esteve durante anos na gestão do clube e foi bem franco sobre a situação

Por Rodrigo Da Silva

Ele esteve durante anos na gestão do clube e foi bem franco sobre a situação
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Claudio Pracownik deu entrevista para o ‘Charla Podcast’ nesta sexta-feira (21). Ex-vice-presidente de finanças na gestão Eduardo Bandeira de Mello, o gestor falou sobre os primeiros anos da administração da Chapa Azul no ninho da Gávea. Segundo o ex-dirigente até um possível rebaixamento era uma possibilidade duramente o primeiro mandato. 

“Uma coisa era o risco de cair. Não que a gente queria, mas fazia parte do nosso entendimento que isso (rebaixamento) poderia acontecer. A gente sabia que isso podia acontecer em 2013, 2014. Fomos campeões da Copa do Brasil sei lá como, na camisa” - confessou Pracownik ao falar sobre o primeiro time montado pela gestão, que tinha Hernane Brocador, Marcelo Moreno e Elias como os principais nomes. 

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A gerência de Bandeira de Mello foi pautada, principalmente, no corte de custos para aliviar o caixa do clube. Nos anos anteriores, com Márcio Braga e Patrícia Amorim, o Nicho do Urubu ficou famoso por algumas contratações badaladas, como Adriano Imperador e Ronaldinho Gaúcho, que não renderam a longo prazo. Agora, a ideia era ‘cortar da própria carne’ para poder investir com responsabilidade no futuro. 

"Em momentos dramáticos de que podíamos cair, alguém vinha e pedia: contrata fulano de tal, está na Arábia, vai fazer uma porrada de gols". Eu falava: 'amigo, vou checar em casa e bater a cabeça três vezes de raiva, mas não vou liberar esse dinheiro'. Fizemos um orçamento para ser cumprido. Você acha que eu falava isso feliz? Era um remédio amargo" - desabafou Pracownik 

Do fracasso ao legado

Por causa da política austeridade financeira, o Flamengo ficou praticamente toda a gestão Bandeira de Mello sem conseguir grandes resultados. Foram dois Cariocas (2014 e 2017) e a Copa do Brasil (2013). Ainda foram vice-campeões da Copa Sul-Americana (2017), Copa do Brasil (2017) e Campeonato Brasileiro (2018). No entanto, hoje em dia, o Rubro-negro é um dos maiores ‘papa títulos’ do país. E muito disse se deve a esses tempos de vacas magras, que permitiram o clube a fazer altos investimentos no futuro. 

 

 

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