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Juan Sebastián Verón aproveitou o título do Flamengo para lançar fortes críticas à AFA

Após vitória sobre Atlético Mineiro, Flamengo celebra o título e provoca discussão na Argentina sobre a disparidade econômica entre campeona

Por Sebastián Hernadez

Campeão do Flamengo e Juan Verón. Foto: Redes Flamengo e Verón.
Campeão do Flamengo e Juan Verón. Foto: Redes Flamengo e Verón.
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No último domingo, o Flamengo conquistou sua quinta Copa do Brasil ao vencer o Atlético Mineiro por 3 a 1 no Maracanã, garantindo o título com um placar agregado de 4 a 1. Além da glória esportiva, o troféu rendeu ao clube carioca um prêmio de 18 milhões de dólares. Entretanto, na Argentina, a notícia gerou polêmica por outro motivo: o ídolo e presidente do Estudiantes de La Plata, Juan Sebastián Verón, usou a premiação recebida pelo Flamengo para criticar a gestão financeira do futebol argentino.

Verón, conhecido como "La Bruja", publicou em suas redes sociais um comentário que alfineta a condução de Claudio "Chiqui" Tapia na Associação de Futebol Argentino (AFA). “Aqui, entre o torneio dos campeões do mundo e a Copa Argentina, não dá nem para cobrir o transporte dos torcedores… mas o clube é dos sócios”, escreveu Verón, destacando a grande disparidade financeira entre os campeões do Brasil e da Argentina.

Divergência entre prêmios e modelo de gestão

A crítica de Verón reflete uma insatisfação com os valores das premiações nos torneios argentinos. Enquanto o campeão da Copa do Brasil recebe 18 milhões de dólares, o prêmio da Copa Argentina não passa de aproximadamente 170 mil dólares, cobrindo desde os 32 avos até a final. O campeão da Liga Argentina também recebe um valor bem inferior ao do torneio brasileiro, girando em torno de meio milhão de dólares.

Verón, que é defensor da introdução de Sociedades Anônimas Desportivas (SAD) na Argentina, também direcionou suas críticas à falta de transparência e ao modelo de financiamento dos clubes. Ele tem expressado a necessidade de reformar o sistema financeiro esportivo, propondo um modelo “misto”, no qual capital externo seja combinado com a administração dos sócios.

A controvérsia das SADs no futebol argentino

O presidente do Estudiantes vê nas SADs uma possível solução para modernizar os clubes e equilibrar a competição. As Sociedades Anônimas Desportivas são orientadas para o lucro e geridas por investidores, o que retira a participação dos sócios na tomada de decisões. Verón já havia discutido a ideia de parcerias com capitalistas estrangeiros e nacionais, incluindo o magnata Foster Gillett, interessado em investir no Estudiantes de La Plata.

Para Verón, um modelo misto poderia trazer transparência e estabilidade financeira para os clubes. Ele afirma: “Não falo de capital estrangeiro, mas de capital que ajude o clube. Permitiria que qualquer torcedor com uma empresa pudesse se associar ao clube de forma clara, ajudando a sanear as finanças.”

  • Flamengo recebeu 18 milhões de dólares pelo título da Copa do Brasil, enquanto o campeão da Copa Argentina recebe 170 mil dólares.
  • Verón critica a gestão da AFA e defende o modelo de Sociedades Anônimas Desportivas.
  • A proposta de Verón inclui uma parceria “mista” entre capital externo e os sócios do clube.
  • SADs são entidades com fins lucrativos que buscam investimentos e podem até mesmo cotar suas ações em bolsa.
  • O presidente do Estudiantes quer modernizar o futebol argentino e aumentar a competitividade com clubes brasileiros.

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